Monthly Archives: Novembro 2016

As obras de Joan Miró, propriedade do Estado Português, mostradas ao público pela primeira vez na Casa de Serralves.

As obras de Joan Miró, propriedade do Estado Português, são mostradas ao público pela primeira vez na Casa de Serralves. Esta exposição, designada ‘Joan Miró: Materialidade e Metamorfose’, é comissariada por Robert Lubar Messeri, destacado especialista mundial na obra de Miró, e tem projeto expositivo de Álvaro Siza Vieira. 

A mostra abarca um período de seis décadas da carreira de Joan Miró, de 1924 a 1981. Debruçando-se de forma particular sobre a transformação das linguagens pictóricas que o artista catalão começou a desenvolver em meados dos anos 1920, aborda as suas metamorfoses artísticas nos campos do desenho, pintura, colagem e trabalhos em tapeçaria.

O pensamento visual de Miró, o modo como trabalha com sensações que variam entre o táctil e o ótico e os processos de elaboração das suas obras são observados em detalhe. 

A exposição incluirá cerca de 80 obras de Joan Miró (do conjunto das 85 obras da Coleção) na sua maioria desconhecidas do público, incluindo seis das suas pinturas sobre masonite de 1936 e também seis sobreteixims de 1973. Por ocasião da exposição, organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves, será publicado um catálogo profusamente ilustrado com um ensaio da autoria do comissário.

Suzanne Cotter, Diretora do Museu de Serralves, considera que este é um momento único. “Estamos muito felizes por podermos permitir ao público um maior conhecimento da obra de Joan Miró, através daquela que será uma apresentação cativante e única desta coleção singular”, afirmou. 

Festival Internacional de Cine de Cartagena 27 de Novembro de 2016 a 3 de Dezembro de 2016

Cartagena, en la Región de Murcia, celebra desde 1972 un festival dedicado al cine.

El Festival, inicialmente centrado en las producciones con el mar como protagonista, es desde 2005 una cita para todo tipo de producciones aunque con especial atención a los nuevos realizadores y a las promesas nacionales. Se divide en varias secciones entre las que se encuentran las de largometrajes, cortos, cuentos animados y producciones de la Región de Murcia.

Encontro nos 50 Anos de L’Amour de l’Art: Dívidas, Críticas e Desafios

A DGPC/Ministério da Cultura, o IHA/FCSH/NOVA e o CIES/IULorganizam no dia 24 de novembro, no ISCTE-IUL, em Lisboa, o Encontro nos 50 Anos de L’Amour de l’Art: Dívidas, Críticas e Desafios.Os 50 anos que se completam em 2016 sobre a primeira edição da obra L’Amour de l’Art: Les musées et leur public, de Pierre Bourdieu e Alain Darbel, dão o mote para a organização deste encontro, que pretende reflectir sobre os desenvolvimentos actuais nas áreas dos públicos e da evolução dos museus, numa perspectiva interdisciplinar, tendo em conta o cruzamento entre a Sociologia e a Museologia.

As suas principais áreas de interesse são a Sociologia da Cultura e a Arte. As suas publicações centram-se no estudo de instituições culturais, desigualdades sócio-culturais e dinâmicas urbanas da participação cultural. É autora da obra Du musée aux pratiques culturelles (Editions de l’Université de Bruxelles, 2014) e coordenadora de Routledge International Handbook of the Sociology of Art and Culture (2016) em colaboração com Mike Savage.

“ARTISTAS FALAM (1) Desenho” 22 DE NOVEMBRO | EXPOSIÇÃO NA ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

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ARTISTAS FALAM (1) DESENHO

Uma exposição de Desenho a desenhar-se – para todos nós que sabemos cooperar!

Inauguração na próxima terça-feira, 22 de novembro, às 18h00, e estará patente até 19 de dezembro

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), através da Escola Superior de Educação (ESE) e de uma equipa específica de artistas e docentes da nova licenciatura APTA – Artes Plásticas e Tecnologias Artísticas, com o apoio da Oficina Cultural do IPVC, promove esta exposição que reúne, acreditamos, alguma da mais interessante prática artística atual no âmbito e linguagem do Desenho. 

Encontram-se presentes artistas com percursos reconhecidos na área, outros a caminho de os tornar sólidos. Juntos, contudo, formam um género de grupo inusitado e livre, potenciador de um sistema mais aberto e dinâmico: de conhecimento e partilha, de pensamento e prática, de celebração da arte. Neutraliza-se, – pelo menos neste espaço, tempo e modo de fazer – a ideia de um sistema hermético para a prática artística.

Alguns dos artistas presentes nesta mostra, são docentes nas Faculdades de Belas Artes e Arquitetura de instituições como a Universidade do Porto, Universidade de Lisboa, Universidade do Minho e Universidade de Vigo. É um momento importante no qual estas tão singulares participações veem afirmar a necessidade de uma contínua e específica dinâmica de “intervenção artística” no âmbito académico. Propõe-se transformar as zonas funcionais de uma das suas Escolas (edifício antigo e novo da ESE) numa grande “galeria” de arte, resultando num grande espaço expositivo, neste caso para o Desenho. O desafio é, como todos podemos compreender, enorme, ambicioso e arriscado. 

Este projeto, defendemos, lança uma primeira e importante oportunidade no sentido de se estabelecerem pontes e pontos de contacto entre artistas, docentes de instituições de ensino artístico, e as próprias estruturas académicas (como é o caso daquela que acolhe este projeto), reunindo-se aqui objetivos programáticos e dinâmicas para as aberturas pedagógicas, sociais, culturais com o meio. 

O Desenho é a primeira linguagem que este projeto ‘ARTISTAS FALAM’ aborda, estando no entanto previstas outras linguagens, outros modos de fazer, outras propostas, outros momentos no âmbito, por exemplo, das especialidades artísticas como a Pintura, Escultura, Instalação, Performance, Vídeo, Fotografia, etc. A desenhar-se, temos um processo em marcha para a toda a comunidade de Viana do Castelo. 

Os curadores da exposição:
Alexandre A. R. Costa, Francisco Trabulo, Jorge Fernando dos Santos.

Para mais informações: http://www.ipvc.pt/ese-artistas-falam-desenho

Artistas do Porto vão às escolas primárias para promover ensino da arte

Investigadores da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) levam artistas locais a escolas do primeiro ciclo para desenvolverem trabalhos com as crianças e professores, procurando criar boas práticas do ponto de vista da educação artística.

Pretende-se incentivar estratégias de aprendizagem através da arte contemporânea que permitam aos estudantes ser ativamente envolvidos com as questões que os preocupam“, disse à Lusa a professora da FBAUP Catarina Martins.

Este é um dos objetivos do CREARTE, um projeto europeu do qual a FBAUP faz parte, a partir do seu Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS), juntamente com o Instituto Pedagógico e o Ministério da Educação e Cultura do Chipre, a Universidade de Jaen, de Espanha, a INSEA – Organização Internacional de Educação através da Arte, o Goldsmith’s College, do Reino Unido e a BUFF Film Festival – festival de cinema infantil – da Suécia.

Em Portugal, numa primeira fase e durante quatro meses, 14 artistas com diferentes valências implementaram o projeto em 14 escolas primárias do Porto, de Viseu, de Vila Nova de Gaia, de Matosinhos e do Bombarral.

O diálogo e o debate sobre experiências que as crianças têm do real, na escola e fora da escola, e compreender que as artes visuais trabalham questões importantes tais como identidade pessoal e cultural, família, comunidade e nacionalidade são outros dos objetivos.

A educação artística é uma área que está presente nos currículos mas na verdade são os professores responsáveis por outras áreas curriculares que desta se ocupam, não tendo, na maioria das vezes, uma formação específica do ponto de vista das artes“, explicou.

No CREARTE são utilizadas várias estratégias de ensino tais como a dramatização, o diálogo, a procura sistematizada de materiais e ideias, a experimentação, a pesquisa visual, a reflexão, o debate e a interação com situações, artefactos e pessoas.

O CREARTE, que finaliza em agosto de 2017, foi financiado pela Comissão Europeia no âmbito do programa Erasmus+.

REDES DE COOPERAÇÃO CULTURAL TRANSNACIONAIS: UM OLHAR SOBRE A REALIDADE LUSÓFONA 15 E 16 DE NOVEMBRO DE 2016

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“Redes de Cooperação Cultural Transnacionais: Portugal europeu, lusófono e ibero-americano” é um projeto de investigação de pós-doutoramento, apoiado pela FCT com a referência SFRH/BPD/101985/2014, que está a ser desenvolvido em Portugal (CECS-UM), em Espanha (FCC-USC) e no Brasil (ECA-USP).

O projeto visa, através do diagnóstico de fatores críticos de sucesso do processo de comunicação no seio de redes e entre redes, fomentar e qualificar as práticas de trabalho em rede dos profissionais e das organizações do setor cultural e criativo portugueses, apoiando a aquisição de aptidões, competências e conhecimentos que concorram para facilitar o acesso mais generalizado às oportunidades profissionais e para promover a cooperação cultural nacional e transnacional.

O plano de trabalhos da investigação, que se iniciou em fevereiro de 2015 e termina em janeiro de 2021, integra a realização de três Congressos Internacionais: o primeiro em Portugal no ano de 2016, o segundo em Espanha no ano de 2018 e o terceiro no Brasil no ano de 2020. Os congressos visam promover a discussão crítica e construtiva sobre as redes de cooperação cultural transnacionais, respetivamente, no contexto lusófono, no contexto europeu e no contexto iberoamericano.

O Congresso Internacional – “Redes de Cooperação Cultural Transnacionais: Um olhar sobre a realidade lusófona” ocorrerá nos dias 15 e 16 de novembro de 2016 na Sala de Atos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (Braga – Portugal).

Colóquio Internacional Europae Thesauri 2017 – “A Materialidade do Imaterial: Olhares sobre os Espaços e Objectos Devocionais” -11 de novembro

Esta iniciativa é promovida por Europae Thesauri – Association Internationale des Trésors et Musées d’Église, em parceria com o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, o Município de Beja, a Associação Portas do Território e o Centro UNESCO para a Arquitectura e a Arte Religiosas, reúne no Alentejo especialistas de referência da arte sacra, oriundos de diversos países da Europa.

O objetivo do encontro é dar a conhecer algumas das mais interessantes iniciativas levadas a cabo, durante a última década, em diferentes pontos do território europeu, no âmbito do conhecimento científico e da valorização dos monumentos e museus religiosos e das suas colecções. Europae Thesauri, organismo assessor da União Europeia, desenvolve intensa acção a um nível multilateral e tem assumido papel inovador na forma de entender a arte sacra, de modo a torná-la acessível a um público alargado, reflectindo inúmeras transformações operadas neste âmbito durante os últimos anos.

A Arte no MAAT

15146759_10202257681480197_816415905_oO tão falado novo Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia – MAAT inaugurou no passado dia 5 de Outubro tendo sido alvo de alguma controvérsia. Os visitantes foram muitos e as opiniões também, mas uma opinião unânime foi a desilusão daqueles que visitaram o museu em busca de arte.

Apesar da inauguração das exposições O Mundo de Charles e Ray Eames e A Forma da Forma (enquadrada na Trienal de Arquitetura de Lisboa) no edifício da Central Tejo, no grandioso novo edifício, que se encontra ainda em construção, o público mostrou o seu desagrado pela falta de uma grande exposição de arte.

A entrada no MAAT é gratuita e pode visitar Pynchon Park de Dominique Gonzalez-Foerster até ao dia 20 de Março.

I Congresso Internacional Amadeo de Souza Cardoso – 4 e 5 de Novembro

15139342_10202257701200690_288725890_n-pngO 1.º Congresso Internacional Amadeo de Souza Cardoso — Centenário da Exposição de Pintura (Abstracionismo) Porto 1916 comemora uma efeméride — a primeira exposição individual do pintor em Portugal, realizada no Porto em novembro de 1916, que aqui se pretende contextualizar, compreender e analisar — e, simultaneamente, a vida e a obra de uma figura ímpar no panorama artístico português. Amadeo de Souza Cardoso, sinónimo do modernismo entre nós, é uma personalidade complexa com a consciência e a determinação singulares de um espírito e de um destino de artista a cumprir num percurso de pesquisa disciplinada e perseverante. A perceção de si, das suas raízes (Manhufe), do seu tempo-lugar (Paris), e da própria agitação interior, implicaram-no em experiências e em estudos de construção plástica que não se encerram nas linguagens dos movimentos ou dos manifestos do seu tempo. Cores, formas, composições, em ritmos de elaboração dialogantes com as propostas das vanguardas, conjugam-se com citações constantes das origens: Nada tem que ver a minha maneira de sentir e compreender com futuristas ou cubistas e se alguma coisa tem é a justificação do contrário.